Aula 7 – O Corpo Cartesiano | Prof. Israel Costa

Curso Livre Filosofia, Corpo e Acessibilidade
Aula 7 – O Corpo cartesiano | Prof. Israel Costa

Nesta aula do curso "Filosofia, Corpo e Acessibilidade", discutimos a concepção de corpo na filosofia de René Descartes, analisando como sua distinção entre corpo e pensamento marcou profundamente o imaginário moderno. A aula explorou o método cartesiano e seu impacto na definição do corpo enquanto extensão material, separada da substância pensante.

O professor Israel Costa apresentou as três grandes etapas da dúvida cartesiana, evidenciando como a busca pela certeza leva à separação radical entre mente e corpo. A corporeidade, para Descartes, é pensada como algo mecânico e desmontável — uma máquina composta de partes, submetida às leis da física e da matemática, sem qualidade própria além da extensão.

Essa visão permite refletir sobre o corpo enquanto objeto de conhecimento técnico, abrindo caminho para debates contemporâneos sobre a redução do corpo à função e à utilidade, e suas implicações no campo da acessibilidade e da dignidade humana.

Formulário de Presença: https://forms.gle/binriz95EF8tuwRd6

Resumo

Nesta aula, aprofundamos a reflexão sobre a concepção cartesiana do corpo, destacando o impacto do pensamento de René Descartes na tradição filosófica ocidental. A partir do método da dúvida, Descartes estabelece uma distinção rigorosa entre a substância pensante (res cogitans) e a substância extensa (res extensa), concebendo o corpo como uma realidade material, mensurável e submetida às leis da física.

O professor Israel Costa analisou como essa separação entre mente e corpo marcou o imaginário moderno, definindo o corpo como um objeto mecânico, comparável a uma máquina desmontável. A aula propôs refletir sobre os efeitos dessa visão na compreensão do corpo como mera função e utilidade, trazendo à tona questionamentos sobre suas consequências para o debate sobre acessibilidade e para a valorização da experiência corporal.

Essa perspectiva cartesiana desafia a forma como pensamos o corpo na contemporaneidade e nos convida a reavaliar suas implicações éticas e existenciais.