Nesta aula, mergulhamos profundamente na evolução do pensamento de Agostinho de Hipona sobre o corpo e sua relação com a alma e a espiritualidade. Inicialmente influenciado pelo maniqueísmo, que considerava a matéria como intrinsecamente má, Agostinho eventualmente abraçou o cristianismo, reformulando sua visão do corpo como uma parte integral da criação divina, embora ainda lutasse com a concepção da carne como a sede das paixões desordenadas.

​

Exploramos como essa tensão entre corpo e carne permeia sua filosofia, especialmente após sua famosa conversão, que marcou a rejeição de suas crenças maniqueístas anteriores. Agostinho passou a ver o corpo não apenas como um veículo temporário da alma, mas como uma entidade que, apesar de sua propensão ao pecado, é capaz de participar na busca pela verdade e pela virtude.

A aula destaca como Agostinho usou influências platônicas para desenvolver sua ideia de que, embora o corpo possa ser uma fonte de tentação e erro, ele também oferece a oportunidade para a redenção e a prática da fé cristã. Discutimos como essa visão dualista impacta a ética cristã e as noções de pecado e salvação, refletindo sobre a relevância dessas ideias na contemporaneidade, especialmente em debates sobre moralidade e ética humana.

​

Por fim, a aula encoraja uma reflexão sobre como as visões de Agostinho sobre o corpo podem influenciar nossa compreensão moderna de acessibilidade e inclusão, propondo uma apreciação mais profunda do corpo humano em suas dimensões tanto limitantes quanto libertadoras.